Não o tema, um.
Das Coisas Gostosas
como este silêncio quieto. Hora de partir, vontades guardadas, direitinho guardadas.
Na gaveta verde-olhos ainda deslizante, mesmo nos trilhos pouco enferrujados.
Um charme. Um tema
que é tudo, o roteiro inteiro, não a nossa canção.
Brincadeiras acústicas. Minha voz bate nas suas paredes de ombro e pescoço. Vibra a sua orelha. Me escuto.
Sem fone de ouvido, como saber o som do coração de onde vem, meu ou seu.
Nenhum dos dois, muito menos som desorganizado: é indefinição, harmonia nos é um fenômeno sônico indescritível. Só reverbera.
Depois dessa introdução circular em que nossa fala só rodou em círculos, circular pelo bairro desenhando a boca do caldeirão, pra então entrar nesse lugar seguro pra nos brotar.
Parar de bater a cabeça na pedra que havia do caminho. Você aí, eu aqui. Uma parede no meio. Não deixa de ser eu aí, você aqui, respeitando os andamentos das pernas cansadas.
Minha leitura com trilha sonora de Paco de Lucia, Entre Dos Aguas.