Episódios cristalizadores

opa, post de socialização para sextar sem infectar.

estavo eu na cama lendo um livrim que não sei quem me deu mas com certeza foi o tio paulo

e violeta pula em cima de mim para cosquinhas, caretas, palhaçadas

o livro fica meio entre nós, meio torto

Tira esse livro do meu mundo!, brinca ela.

O Livro é o meu mundo, rebrinco eu.

risadas vão, caretas vêm, ela se afasta e retomo a leitura e fico besta e cai o queixo e
Não, ouve isso, olha a parte que veio logo depois:
“o narrador aplica-se à exploração sistemática dos sinais por ele recebidos
para assim compreender, num único movimento,
o mundo e o Livro, o Livro como um mundo e o mundo como um Livro.

“Coincidência? Mas de jeito nenhum.
Ela ri, faz cara de surpresa, ri e gosta da mágica que fizemos.

A gente, alguém, a pessoa


(este mundo precisa de inteligência interpessoal)
Quando a gente erra com alguém de quem a gente gosta e o erro se dá por a gente estar imerso em algum tipo de sofrimento, é difícil pedir desculpa.
E importante. Se a gente gosta da pessoa, pede. Claro, quando há percepção clara do próprio erro. Faz um esforço e pede.
A garganta trava, a voz derrapa, os olhos ficam feios de culpa cristã.
E, sem olhar pra esses olhos lotados de desejo de entendimento, antes de ouvir o pedido de desculpa completo, a pessoa abraça a gente.
O foco não é no erro; ela só quer continuar podendo abraçar alguém que a feriu.

haikyuu